SEMPER PARATA!

Maria Angélica Monnerat Alves

Assim nos saudamos, as bandeirantes...

A experiência de ter sido uma delas foi, sem dúvida, algo que me marcou para sempre! Me lembro do primeiro dia, eu tinha 11 anos, era tímida e me achava magra e feia... (Só fui descobrir, muito tempo depois que, nesta idade, a maioria das pessoas se sente mais ou menos assim).

A reunião semanal era na belíssima casa do mestre Austregésilo de Athaíde, no Cosme Velho. Sua mulher, bandeirante também, nos cedia a casa, o deslumbrante jardim e... o coração!

Fui chegando, no primeiro dia, levada por meu pai. Me apresentaram ao grupo. De repente, a primeira atividade: em dupla!

Pânico! (Não conheço ninguém, com quem vou trabalhar?) Aí a Sigrid (acho eu), uma lourinha tão bonita quanto simpática, se oferece para ser meu "par"... Alívio!

E a partir daí, descobri o que é ser parte de um grupo maravilhoso!

Todo dia, me preocupava em fazer a minha BA (boa ação). Se me esquecia, no final da tarde lá ia eu caçar uma velhinha para atravessar a rua ou segurar um cego pelo braço...

Patrulha Peri!

Acantonamento em Quatis.

Missa na capela do Palácio Guanabara (saber de cor as respostas, EM LATIM, para poder fazer a "promessa"...).

Acampamento no Vale Florido, em Petrópolis.

Noite inesquecível, na Praia Vermelha, com a divina presença de Lady Baden Powell, nosso ídolo. E o "fogo de conselho" que lá fizemos?

O calor daquela fogueira fantástica e de todos esses não menos fantásticos momentos de FRATERNIDADE ainda me aquece...